quarta-feira, 23 de julho de 2014

Infantolatria

Um artigo recente publicado no site Delas.ig chamou nossa atenção!

A matéria aborda o comportamento familiar de permitir aos filhos pequenos tomarem decisões sobre a rotina familiar. De acordo com os autores  quando as crianças maior de dois anos comanda o que acontece e o que deixa de acontecer em casa estamos diante de um caso de infantolatria.

O relato esclarece que existe um  período em que, de fato, o bebê deve ser o centro das atenções afinal logo que este novo integrante da família chega em casa ele precisa ser compreendido, decifrado. Mas este período é curto. Logo no inicio do segundo ano de vida a criança precisa perder seu reinado e ser levada a  perceber a existência dos demais e compreender que eles também tem necessidades e vontades diferentes das dele.

Os especialistas consultados discordam da alegação de alguns pais de que permitindo ao filho tomar tais decisões eles serão adultos mais seguros:

Se o filho fica no nível dos pais, acaba criando para si uma falsa sensação de poder e autonomia que, em um momento mais adiante, se traduzirá em uma profunda insegurança”.  Marcia Neber (psicanalista, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Psicanálise e Educação da Universidade de São Paulo (Nuppe-USP).

Além disso estas crianças podem ter problemas para relacionarem-se com outras pessoas, seja na escola ou posteriormente no trabalho e em outras esferas. Os autores também alertam que  colocar os filhos como centro da vida familiar pode acarretar no afastamento do casal.


Reportagem completa aqui

O cuidado e valorização dos filhos é importante e essencial para um desenvolvimento saudável tanto física como psiquicamente. Mas cuidar é  também orientar quanto aos limites de nossas atitudes. No lar são os pais ou cuidadores os responsáveis pela rotina familiar e é preciso exercer essa responsabilidade. As crianças podem sim emitir sua opinião, mas a decisão final deve ainda ser do adulto, por mais tentador que seja fugir dessa "missão" e deixar que o outro decida por nós, os pequenos não devem carregar este "fardo".



Equipe CAPSIA

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