sexta-feira, 21 de março de 2014

O normal e o patológico - Angústia de separação


O que é a Ansiedade de Separação ou Angústia de Separação

 A psicóloga Cláudia Morais trás uma definição simples sobre o que é e como se manifestam estes sintomas:


"A ansiedade de separação pode ser definida como o nervosismo excessivo que a criança evidencia quando antecipa que terá de se afastar temporariamente de um familiar (por norma, a mãe). Este medo exacerbado pode traduzir-se na recusa em ir à escola, na manifestação de preocupação com a possibilidade de um dos progenitores morrer e/ou no medo de dormir sozinha."
É uma fase normal de adaptação ao crescimento emocional e mental  que pode acontecer a qualquer momento até os 6 anos de idade, sendo que alguns casos até com crianças de 7 a 9 anos de idade. Calma, está é uma etapa normal do desenvolvimento do seu filho e uma fase que vai passar assim que ele amadurecer o suficiente para perceber que quando você não está presente você continua a existir.”(Márcia Horbácio)


Como é que se manifesta? 

Com crises de choro, queixas psicossomáticas (como dores de barriga), pesadelos, etc.”




Dividiremos aqui algumas observações relativas as fases iniciais do desenvolvimento e também quanto as crianças mais velhas.

Bebês

Como identificar:

De acordo com Márcia Horbácio, no caso dos bebês, se demonstrarem todos ou grande parte dos sintomas abaixo pode estar passando pela fase da angústia da separação:
  • Seu bebê chora sempre que você sai de perto dele;
  • Ele demonstra que quer ficar com você o tempo todo mesmo que outras pessoas conhecidas estejam presentes, ou seja, sempre prefere você;
  • Tem dificuldade para se separar de você na hora de dormir e nas sonecas do dia;
  • A angústia parece desaparecer assim que você volta;
  • Demostra ter medo de estranhos.


Como posso ajudar meu bebê?
  • Faça brincadeiras de esconder objetos atrás de uma fraldinha ou pano e faça reaparecer. Quanto trouxer o objeto de volta a vista da criança, sorria e diga algo como “Achou!”
  • Se esconda você mesmo atrás de um pano e quando reaparecer sorria e diga de novo algo como “Achou a mamãe!”
  • Saia do ambiente que ele está e vá para outro,  falando com ele de modo que ele acompanhe a sua voz aonde você vá. Não pare de falar enquanto estiver desaparecida mas se ele chorar, volte logo, sempre falando com ele.
  • Procure deixá-lo de vez em quando com alguém bem conhecido e em que ele possa confiar. Nos finais de semana, tente deixá-lo com o pai o máximo que puder enquanto ele estiver nessa fase. (Hora da manicure!)
  • Quando sair, nunca deixe de dizer tchau , saia sorrindo e saia logo para não prolongar esse momento.


Crianças:


De acordo com Claudia Morais, os sintomas tem origem em situações estressantes para a criança. “ Os agentes estressantes vão desde situações novas (como a mudança de escola ou a mudança de casa), adoecimento de um dos membros da família ou mudanças repentinas na rotina da criança. O que acontece é que a criança se sente alarmada e reage instintivamente em busca de ajuda. De resto, muitas destas crises de ansiedade assemelham-se às crises de pânico que nós, adultos, tantas vezes experimentamos – a criança pode sentir fraqueza, falta de ar e uma espécie de nó na garganta.”


De que é que a criança precisa?

Que os adultos em quem confia se mostrem disponíveis, capazes de empatizar com os seus apelos. Precisa que lhe transmitam segurança, uma base sólida para que se sinta capaz de explorar o desconhecido. À medida que a criança desenvolve laços seguros com os adultos mais próximos, sentir-se-á mais apta a confiar noutras pessoas e em si mesma.


A psicóloga Cláudia alerta que “quando a ansiedade se intensifica e/ou se prolonga por mais de 4 semanas tornando-se incapacitante e/ou prejudicial ao normal desempenho das actividades, podemos estar perante uma perturbação de ansiedade de separação, que requer uma avaliação clínica e respectivo acompanhamento psicológico, sob pena de aquela criança vir a sofrer de um transtorno ansioso ao longo da vida adulta.”


As informações foram obtidas nos blogs:

Macetes de mãe -
Indicação  da Rafaela Pereira

A psicóloga




Equipe Capsia




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